terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Escritor guarda história do cinema

Paulo Prado, depois de 25 anos de pesquisa,
tem uma das maiores  coleções do Estado (RS.) sobre a sétima arte 
Crédito: Paulo Renato Ziembowicz 

Publicado originalmente no jornal Correio do Povo, em 8 de maio de 2011.

Escritor guarda história do cinema

A paixão pela sétima arte fez com que um colecionador de Santo Ângelo colocasse em exposição seu acervo particular sobre a história do cinema. O escritor Paulo Prado, após 25 anos de pesquisa, tem uma das maiores coleções do Estado. Até este domingo, no pavilhão da Cultura, durante a 15 Fenamilho, é possível conhecer a trajetória local e mundial dessa arte por meio de uma mostra.

Podem ser vistos 26 projetores, adquiridos na França, Inglaterra, Itália e Estados Unidos. O acervo, segundo Prado, perde para poucos museus do Brasil em volume e raridade de peças. O colecionador destaca o projetor Pathé Frères, vindo da França, em 1908. "Ele é manual e foi utilizado pelos irmãos Lumière. O filme era mudo e o som, tocado por um disco bolachão", conta. Outra raridade é a primeira bitola de filme do mundo, de 9,5 milímetros, com projetor. Prado tem no conjunto cem filmes, em diversas bitolas. A mostra também apresenta fotos, cartazes de produções e exemplares da revista temática Cinelândia, editada na década de 1950, no Rio de Janeiro.

A paixão do colecionador pelo tema é fruto da convivência com o avô Vivaldino Prado, proprietário de casas de cinema até a década de 1970 nos municípios de Sertão, Redentora e Guarani das Missões. Ele diz que o avô também foi o precursor da produção itinerante nesta parte do Estado. "Em um Jipe e com um projetor, viajei muito com o vovô, levando cinema para as regiões das Missões, Celeiro e Planalto", conta.

No mês passado, Prado lançou o livro "Os Cem Anos do Cinema em Santo Ângelo". A pesquisa revelou que a primeira casa de espetáculo foi o Cine Biógrafo Ideal, em 1915. Depois, veio o Cine Theatro Coliseu, em 1919, e o Cine Theatro Apollo, em 1922. A cidade tinha, nos anos 1970 e começo dos 80, cinco salas simultaneamente. O colecionador destaca que seu sonho é fundar um museu do cinema no município.

Texto e imagem reproduzidos os site: correiodopovo.com.br

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